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MTB Festival 2020 - Mairiporã recebe pelo 2º ano consecutivo o Brasileiro de Mountain Bike.


Henrique Avancini, Raiza Goulão, Giuliana Morgen, Jhefferson Paiva, Luma Diniz, Maurício Cirne e Luana Oliveira são campeões brasileiros de 2020. Na foto, Avancini na prova do XCO. foto: Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)

E-Bike

Assim como na primeira edição do MTB Festival, no ano passado, a disputa de E-Bike foi a responsável por dar início ao Campeonato Brasileiro de Mountain Bike 2020 no Instituto Mairiporã, na manhã desta sexta-feira (30). Após quatro voltas completadas na pista de 4.678 m de extensão e 193 m de altimetria, o mineiro Jhefferson Paiva e a fluminense Luma Diniz (4Fun Bike Center) sagraram-se campeões nacionais da modalidade.


O enredo de ambas as disputas, masculina e feminina, foi bastante parecido, com Jhefferson Paiva e Luma Diniz assumindo a liderança na primeira volta e administrando suas vantagens até o fim, sem que seus adversários conseguissem os ameaçar. Entre os homens, completaram o pódio Juliano Cocuzzi (Lar) e Diego Knob (Sense Factory Racing). Já no feminino, o top 3 teve ainda Isabella Ribeiro (Specialized Racing BR) e Stefanye Lindolfo (Time Hoffmann).

Jhefferson Paiva. foto, Alemão Silva/MTB Festival


A disputa feminina

Ciclista há apenas cinco anos, Luma Diniz, de Resende-RJ, começou a praticar o mountain bike e se adaptou com maior facilidade por ter sua origem esportiva no motocross. Após ser incentivada por vários amigos que praticavam a modalidade em sua cidade, resolveu se dedicar ao MTB. "Comecei a treinar de um jeito certo, com treinador, e tenho evoluído bastante, não só na parte técnica e de força, mas também no treino mental", contou Luma, de 27 anos

Luma Diniz. foto, Alemão Silva/MTB Festival


E a conquista não veio fácil. Luma levou duas quedas, uma na primeira volta e outra no Escorpião, na última volta. "Estou muito feliz com esse título. Tem pouco tempo que pedalo, mas isso nunca foi um empecilho. Mesmo com a pandemia, eu não desanimei. Continuei treinando. Em alto rendimento, demora anos para evoluir a performance, por isso aproveitei para treinar durante esse período de pandemia, especialmente em trilhas técnicas com a e-bike", relatou. "Esse título é muito importante pra mim. É o segundo ano de Campeonato Brasileiro de E-Bike e estou muito feliz de escrever meu nome na história. Após cair na primeira volta, mantive a calma e pensei 'espera que ainda tem quatro voltas'. E continuei pedalando, só olhando pra frente. Fui até o fim sem olhar pra trás", concluiu.


Pódio do Campeonato Brasileiro de MTB E-Bike

MASCULINO

1-Jhefferson Paiva - 51min39seg005

2-Juliano Cocuzzi - 52min36seg933

3-Diego Knob - 52min55seg033


FEMININO

1-Luma Diniz - 58min05seg916

2-Isabella Ribeiro - 1h01min00seg038

3-Stefanye Lindolfo - 1h02min33seg057



Short Track (XCC)

Os petropolitanos Henrique Avancini (Cannondale Factory Racing) e Giuliana Morgen (Sense Factory Racing), a Giugiu, conquistaram o título nacional do Short Track (XCC), feitos inéditos em suas carreiras. 

O Short Track foi realizado em um circuito reduzido, com extensão de 1.680 m e 48 m de altimetria por volta, o que favorece ciclistas com maior explosão física. Além do vencedor Henrique Avancini, estiveram no pódio José Gabriel Marques (Corinthians Audax Bike Team) e Gustavo Xavier (Specialized Racing BR). O top 3 feminino teve ao lado da jovem Giugiu, de apenas 17 anos, vivendo o primeiro ano na categoria júnior, as atletas Raiza Goulão (Corinthians Audax Bike Team) e Letícia Cândido (Specialized Racing BR).

Largada do Short Track Masculino com Avancini (01) e José Gabriel (05).

foto, Alemão Silva/MTB Festival




Entre os homens, a disputa começou com os ciclistas Henrique Avancini, José Gabriel e Gustavo Xavier entre os primeiros colocados, com as companhias de Edson Rezende e Ulan Galinsky, que na segunda volta ficaram para trás. Já na quarta de sete voltas, Avancini fez um ataque bem sucedido e liderou até o fim para garantir mais um título nacional, o seu 16º - são 14 no XCO, um no XCM (Maratona) e um no XCC. A duas voltas do fim, José Gabriel acelerou e deixou Gustavo para garantir o vice-campeonato.




"Foi uma disputa bastante intensa. O circuito mostrava que seria uma prova dura e física. Mas, com a lama, ficou bastante complicado. Havia bastante água até antes da primeira subida. No finalzinho da subida, a lama escurecia o que dificultava a tração da bike. Se você gastasse mais onde estava bom para pedalar, depois faltava", analisou Avancini.

"Sei que nem título nem ranking mundial entram na pista. Se chegar aqui e não entregar resultado, a galera esquece muito rápido.

Avancini recebe a bandeira quadriculada para ser campeão brasileiro de Short Track.

foto, Alemão Silva/MTB Festival



Sei o quanto é importante encarar as provas com seriedade e também como é difícil manter-se em alerta e motivado após uma grande conquista, que trabalhei por ela tanto tempo. Neste momento, preciso dar uma descarga, parar um pouco e curtir ser o número 1 do ranking mundial.


Estou muito feliz em chegar nesta marca e sei que é muito importante para mim. Feliz de conquistar tudo o que conquistei neste ano", complementou Avancini




Prova feminina


A disputa entre as mulheres começou com bastante estudo entre as ciclistas nas primeiras duas voltas e aos poucos o pelotão foi se quebrando. O que eram sete atletas na primeira volta e cinco na segunda, diminuiu em seguida para apenas três - Giuliana Morgen, Raiza Goulão, Letícia Cândido. Na quinta e penúltima volta, Giugiu fez um ataque perfeito e conseguiu abrir quase 20 segundos de vantagem para as duas concorrentes, apenas administrando no final.



Giuliana Morgen (104) e Raiza Goulão (101) na dsiputa do Short Track.

foto, Alemão Silva/MTB Festival


"Sabia quem poderia vir comigo e durante a prova eu analisei onde elas apertavam o ritmo e onde perdiam algum tempo para mim. Eu ataquei na hora certa. Testei antes de atacar e na hora que eu vi que sobrou um pouco, fui e acelerei. Eu treinei para essa modalidade, tendo usado como aprendizado a última competição que tive contra elas no short track há alguns meses e desta vez deu certo.


A felicidade é enorme. Espero crescer cada vez mais e colocar, no futuro, nosso mountain bike brasileiro aos olhos do mundo, assim como o Avancini fez", disse Giugiu. 




Pódio do Campeonato Brasileiro de MTB XCC

MASCULINO


1-Henrique Avancini - 30min12seg


2-José Gabriel Marques - 30min26seg


3-Gustavo Xavier - 30min55seg




FEMININO


1-Giuliana Morgen - 31min12seg


2-Raiza Goulão - 31min35seg


3-Letícia Cândido -  31min38seg


Cross Country Olímpico (XCO)

O Campeonato Brasileiro de Mountain Bike XCO definiu o terceiro e último título nacional da competição na elite. Entre os homens, o troféu de campeão ficou com o número 1 do mundo, Henrique Avancini (Cannondale Factory Racing). Na disputa feminina, Raiza Goulão (Corinthians Audax Bike Team) sagrou-se a campeã de 2020 da modalidade olímpica.



A 1ª volta da prova com José Gabriel (05) a frente seguido por Avancini (01) e Cocuzzi (03).

foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)


Elite masculina

Henrique Avancini e José Gabriel Marques (Corinthians Audax Bike Team) duelaram pela vitória do começo ao fim. Após concluirem juntos a primeira volta, Avancini teve um problema mecânico (furo de um pneu) e parou na feed zone (área de apoio), perdendo preciosos segundos. Assim, para conseguir chegar em Zé Gabriel, vice-campeão nacional, o ciclista de Petrópolis-RJ teve que acelerar para conseguir voltar a liderança a duas voltas do fim e conquistar seu 17º título nacional - 15 de XCO, um de XCC (Short Track) e um de Maratona (XCM). Luiz Cocuzzi (Lar) completou o top 3 no pódio.

Avancini. foto, Alemão Silva / MTB Festival

José Gabriel. foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)



Elite feminina


Na disputa entre as mulheres, a goiana Raiza Goulão liderou do começo ao fim para garantir seu tetracampeonato na elite em 1h25min29. Porém, durante toda a prova ela teve a perseguição da mineira Letícia Cândido (Specialized Racing BR) e da cearense radicada em Minas Gerais, Hercília Najara (TSW Racing Team), que completaram em 1h26min33 e 1h27min53, respectivamente. Se após 40 minutos de prova Raiza conseguiu sua maior diferença para a principal perseguidora, Letícia, com 24 segundos à frente, coube a campeã brasileira de 2019 tentar buscar a goiana nas últimas duas voltas, chegando a baixar para 17 segundos, porém sem ter êxito ao final.  

Raiza Goulão. foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)


"O Brasileiro de XCO em 2019 foi em condições totalmente diferentes para mim. Tive que brigar contra o meu próprio corpo naquele ano. Agora, estou retomando aos poucos, com a cabeça mais madura. Fiz uma corrida diferente hoje (sábado) aqui em Mairiporã, porque às vezes mesmo não estando na sua melhor performance, fazer uma boa estratégia pode ser a diferença. Estou muito feliz com meu quarto título na elite e em poder voltar a usar a camiseta de campeã nacional. Devo isso a toda minha equipe multidisciplinar que está comigo desde o ano passado me dando todo suporte", vibrou Raiza Goulão.




Mesmo não repetindo o resultado de 2019, quando venceu o Brasileiro de XCO e ainda garantiu os títulos de Short Track e Maratona, Letícia Cândido comemorou seu resultado.

Letícia Cândido. foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)

 

"Estou muito feliz com minha medalha de prata. Depois de tudo que passei neste ano, para mim é um mérito pessoal muito grande e estou bastante contente. Quero dedicar essa prata a todas as mulheres que vieram competir no Brasileiro e se desafiaram aqui. O percurso era realmente duro e a chuva deixou ele mais desafiador. Parabéns para a mulherada que veio e enfrentou. Estamos de parabéns", enalteceu Letícia.



Hercilia Najara. foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)


Em seu segundo ano disputado o Brasileiro de XCO, Hercília Najara garantiu outro lugar no pódio, evoluindo da quinta para a terceira colocação da temporada anterior para a de 2020. "Foi maravilhoso. Todos do evento tiveram muita determinação para construir essa pista, que fez a alegria de nós competidores. As condições que tivemos, com chuva aqui durante os últimos dois dias, são as que eu gosto. Quanto mais difícil, melhor. Quanto mais água, mais preciso evoluir. Quanto mais técnica ela é, mais vejo que preciso melhorar. Tem que ter paciência no processo. Estou muito feliz", disse Hercília. 




Categorias de base


Além das disputas das elites, também estiveram em jogo os títulos das categorias de base do mountain bike XCO neste sábado. Os campeões nas disputas foram: Henrique Bravo e Angelina Santos (infanto-juvenil), Lázaro Moreira e Luiza Cocuzzi (juvenil), Cainã Guimarães e Giuliana Morgen (júnior); e Gustavo Xavier e Marcela Lima (sub-23).

Marcela Lima. foto, Darcy Di Pompo Jr. (BIBA)



Downhill

Entre os homens, Maurício Cirne, o Minduin,foi o campeão ao bater o campeão brasileiro Gabriel Giovannini por poucos décimos de segundos. Já no feminino, o título ficou com a pentacampeã brasileira Luana Oliveira.




A disputa feminina foi a primeira a ser realizada no Downhill do MTB Festival. Luana Oliveira não deu chances para suas adversárias, ao cravar o tempo 3min15seg24. Ela superou Bruna Ulrich e Barbara Jechow, que fizeram suas descidas em 03min23seg85 e 03min38seg96, respectivamente, completando o pódio da categoria.




"A final foi muito legal porque fluiu tudo. Foi uma descida redonda. Eu acertei as linhas. Tinha muita terra solta então tinha que ficar esperta para frear e escolher o melhor caminho. Fiquei realmente feliz com minha descida e acertei o que eu precisava para vencer. Me diverti descendo", contou Luana, de Itu-SP.



Luana Oliveira. foto, Alemão Silva / MTB Festival


Entre os homens, o vencedor foi o gaúcho Minduin, de Itapuã, com o tempo de 2min35seg33. Ele desbancou favoritos como Gabriel Giovannini (2min35seg79) e Bernardo Cruz (2min37seg26).




"Foram décimos de segundos, o que é muito pouco tempo, mas no nosso esporte é bastante. Só tenho a agradecer. Deu certo, fiz uma descida ótima. Estou muito feliz mesmo", disse o campeão do ranking brasileiro na elite em 2019.


"Em termos de visibilidade, foi um dos eventos que mais vai acrescentar no meu currículo esportivo, por toda a grandeza do MTB Festival e por estar correndo só com os feras. Eu fiz uma descida boa. Sempre acontecem erros e nessas horas temos que retomar pedalando ainda mais forte. Nos trechos inclinados consegui ir muito bem. Contando com o barro que tinha hoje eu me senti em casa, por isso estou muito feliz pelo título", finalizou o piloto gaúcho.




Maurício Cirne. foto, Alemão Silva / MTB Festival



Pódio do Campeonato Brasileiro de Downhill



Masculino


1 – Maurício Cirne – 02min35seg33


2 – Gabriel Giovannini – 2min35seg79


3 – Bernardo Cruz – 02min37seg26




Feminino

1 – Luana Oliveira – 03min15seg24


2 – Bruna Ulrich – 03min23seg85


3 – Barbara Jechow – 03min38seg96


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